Auto-conceito, auto-imagem, feedback, abertura, blá blá...
terça-feira, 27 de maio de 2008
Para alguns pode soar tudo a mesma coisa. E confesso que para mim também soou a mesma coisa por um tempo. Mas não hoje. Não, necessariamente, excluindo o fato de que dei uma palestra sobre isso hoje e estou-sabendo-tudo-e-todas-as-diferenças-minímas-e-quase-imperceptíveis mas, elas são coisas diferentes.
Talvez eu optei por este tema no post, pois ele conjuga com a Carta não enviada. Este post (da carta) é biográfico, sim! Se existia alguma dúvida sobre a veracidade e intensidade daquelas palavras que brutalmente digitei (lê-se: que soquei no teclado), quero saná-las agora.
A carta não foi enviada, pois a sanidade e o minímo de cordialidade ainda fazem parte do meu repertório comportamental.
Bom, e o que a auto-imagem e o auto-conceito tem a ver com isso? Tudo!
Ambos são construídos a partir do feedback que temos do mundo. Enquanto auto-conceito toma uma carga de significação, auto-imagem toma uma carga de informação, seleção e (re) avaliação.
Na verdade, não é exatamente o auto-conceito ou a auto-imagem a questão, e sim o feedback. É difícil falar de feedback sem falar do auto-conceito e auto-imagem, visto que eles tem relações funcionais. Bem como, é difícil falar dos três sem falar de abertura.
Não vou enveredar por caminhos teórico-técnicos, pois não é meu objetivo.
Sobre a abertura... Eu dei abertura demais para as pessoas! Dei muitas oportunidades de receber feedbacks. E isso não é mau! Inclusive, julgo ser melhor a não fazê-lo. Porém, dei abertura para pessoas erradas. E isso sim, foi mal!
As pessoas as quais me refiro na carta, falaram, sim, de mim, e me deram um feedback negativíssimo sobre meus comportamentos. Graças ao meu auto-conceito muito bem auto-revelado, não me deixei influênciar a auto-imagem.
A questão é: e minha responsabilidade nisso tudo?
Pô! Não sou vítima! Alías meu auto-conceito sempre foi 'não-vítima'. Eu difícilmente me coloco no lugar de Madalena arrependida. Faço o que faço e quase (enfâse no quase) nunca me arrependo.
Mas dessa vez, eu dei chances. Não dei motivos. Dessa vez eu não dei motivos, eu dei abertura para pessoas que nunca mereceram tal confiança.
Eu costumo errar mais quando coloco o coração para agir em função da razão. Eu gosto da minha razão. É sensata e equilibrada. Por muitas vezes eu prefiro agir com a razão , mesmo que me aperte um pouco a emoção. Porém, a minha emoção....
*pára, suspira, sorri e pensa*
A minha emoção tem também os erros mais produtivos da minha vida! Digo que são os acertos mais errados que eu cometi.
*sorri de novo e retoma*
Ok. Não são deles que quero falar. Quero falar os erros errados!
De ser inocente, acreditar no outro, procurar ser simpática, sincera e leal. Acreditar que todo mundo é bom até que se prove o contrário. E esse sim, é um erro fatal quando se trata de aberturas para feedback.
A lição de tudo isso: quem tem olhos de ver, boca para dizer e coisas para fazer, precisar ter ouvidos de escutar.
2 pessoas quiseram falar também!:
Nesse ponto posso me dizer errada. Eu sou muito mais de falar do que de ouvir, não gosto de dar abertura pras pessoas se meterem na minha vida e sou egoísta demais em relação ao meu mundinho. Ele é só meu e de poucos convidados íntimos.
Quando as pessoas falam qualquer coisa á meu respeito fico p* porque quase sempre são pessoas que não me conhecem e não podem me classificar tão facilmente.
Eu gosto de saber o que pensam sobre mim mas tenho 2 ouvidos, o que me possibilita filtrar bem o que ouço...
Sei lá, até disse que me sinto errada, é porque sou individualista e detesto intromissões estranhas mesmo.
Acho que é isso!
Beeijo!
Menina agora fiquei confusa! Eu tento ser o mais autêntica possível, quando isso não funciona eu crio um personagem não hipócrita para lidar com a situação! Se isso tinha realmente algo a ver com o que escreveu, não sei... ahaha... Não me chame de burra, só fiquei meio limitada... ahaha
Beijos
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