"Sou eu que começo ou é você que começa? [...] Sou eu que começo! [...] E eu começo como? Eu vou falando por ordem cronológica ou o que me vier na cabeça?"
(Mercedes, personagem de Lília Cabral - Divã, 2009)

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Escolhas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Já falei sobre isso em outro post. E confesso que este não era o tema que eu estava pensando para postar hoje. Mas o Blogger me ajudou, deu pau e o post se perdeu, fazendo com que eu escolhesse um tema menos ofensivo e que talvez fale com mais romantismo (o que é muito mais minha cara) do que eu preciso falar.

Escolhas implicam que se abra mão de alguma coisa. Implicam que você perderá e ganhará - impreterivelmente.


Quem não quer perder nada, também não ganhará nada. Escolhemos sempre, o que significa que o que temos hoje são resultados de nossas escolhas.

Uma família boa, carinhosa, respeitosa ( e invejável) é fruto de muitas escolhas. A escolha de um casal de ter filhos (perdendo, talvez a liberdade e mantendo a responsábilidade de uma vida sem filhos, porém, ganhando inúmeras coisas que pais podem falar melhor do que eu), a escolha de educá-los de uma maneira 'x', a escolha destes filhos em serem carinhosos com os pais, a escolha de ouvirem seus conselhos, broncas etc.

Um bom emprego, ser dono de um negócio, ou apenas manter-se empregado é fruto de escolhas. Escolhe-se envolver mais ou menos no serviço, escolhe-se trabalhar até tarde, escolhe-se chegar atrasado, escolhe-se não constituir família para ganhar mais dinheiro, com mais independencia, versatilidade. Da mesma forma que se escolhe o inverso.

Falo de escolhas pois, em qualquer aspecto da nossa vida há sempre mais de um caminho a seguir, e tenho me visto atordoada defronte a bifurcação de escolhas.

Ganharei e perderei em qualquer uma delas, é fato. Fico pensando, como qualquer mortal egoísta, qual perderei menos e ganharei mais. Infeliz pensamento. Entendo que quando se trata de escolhas a longo prazo, as perdas e os ganhos não são mensuráveis imediatamente. Talvez seja por isso tantas escolhas equivocadas.

Posso escolher não escolher. E em algum momento alguém escolheria por mim. O que não deixa de ser uma escolha. Algumas pessoas escolhem mentir consecutivamente, outras escolhem acreditar consecutivamente em mentiras. Algumas pessoas escolhem se doar, outras escolhem esperar pelas doações. Algumas escolhem aventurar-se, outras escolhem permanecer na inércia.

Talvez, hoje, eu esteja escolhendo ser feliz.

1 pessoas quiseram falar também!:

Luilton 16 fevereiro, 2008  

Gostei do post!

A gente só não escolhe pai, mãe, irmãos, avós......

E às vezes quer corrigir os erros deles na família que a gente pode escolher (companheiro ou companheira)....

beijinho.

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