"Sou eu que começo ou é você que começa? [...] Sou eu que começo! [...] E eu começo como? Eu vou falando por ordem cronológica ou o que me vier na cabeça?"
(Mercedes, personagem de Lília Cabral - Divã, 2009)

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Cansaço, é isso!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Thereza chegou em casa e se jogou na cama, está esparramada há horas e pensa compulsivamente em todas as coisas.
Não é tristeza, não é raiva, não é amor, não é frustração, não é nada além de cansaço.
Cansaço de tanto procurar algo que ela não sabe onde se esconde, se é que se esconde e que não sabe nem se existe. Poderia ter ficado sentada esperando, como tantas vezes fez, e como está fazendo agora. Podia ficar calmamente esperando, como tantas vezes fizeram com ela, mas não! Ela foi. Levantou e foi. Andando, correndo, nadando, cantando, pouco importa. Ela foi e agora está, definitivamente, muito cansada.
Esperançosa. Uma imensa de uma esperançosa-pessimista. Um grande contraste. Um paradoxo. Como se as coisas estivessem sempre na eminência de um fim com a impossibilidade de que o próprio fim, de fato, chegue.
Ela diz para as amigas que tudo dará certo. Ela diz para si mesma que sempre tudo dá errado. Ela sorri diariamente e motiva pessoas ao seu redor. Ela chora internamente em busca de sua própria motivação.
Thereza é muito bonita, inteligente e carinhosa. E esparramada em sua cama, ela rascunha mentalmente versos que, provavelmente, se manchariam com suas lágrimas de sal. Está cansada de escrever quase as mesmas coisas, de ter quase as mesmas inspirações. Cansada de olhar para os lados, como se alguém fosse aparecer surpreendentemente.

Cansada de olhar no espelho e ver que tudo aquilo está esmorecendo dia-a-dia. Está exausta. De andar pela rua, pelo corredor de seu trabalho, olhando frenéticamente para os lados buscando um olhar que lhe acolhesse.
O desconforto com a vida deixava Thereza sem lugar, sem caminhos. E ela parecia desejar ser alguém que ficassem além (ou aquém) dessa realidade que a cansava tanto.
A realidade já fizera sofrer tanto que, ela gostava de se sentir um pouco maluca, um pouco fora desse mundo. Como se dessa forma ela não sentisse as lâminas, que diariamente lhe mostravam que a luta seria árdua.
Thereza estava só cansada. Somente isso. E quando se cansava, dava nomes diferentes e dramáticos para cada dor muscular que sentia.

36 pessoas quiseram falar também!:

Flávia Batista 18 abril, 2008  

aorei essa frase: "Ela chora internamente em busca de sua própria motivação."





=D

Unknown 18 abril, 2008  

uahsuahsah
goste pra caramba...
bem dramatico tipo eu ...
=D

Cris Medeiros 18 abril, 2008  

Existe uma Thereza dentro de mim! Acho dentro de todos nós tem uma Thereza, que meio se desespera silenciosamente!

Beijos

Nathália E. 18 abril, 2008  

Em alguns momentos a Thereza me possui, tenho certeza.
E concordo com o que a Dama disse, sem dúvida.

Beijo! :*

Anônimo,  18 abril, 2008  

Sinceramente, eu não posso ficar sem comentar esse texto, muito belo por sinal.
Eu tenho uma Thereza em mim que há tempos quero que não exista. Chego cansada e tento me levantar e na maioria das vezes não consigo! Quando li o título do seu post, procurei o significado da palavra cansaço, e vc sabiamente conseguiu traduzir.
NA maiorida das vezes nem estamos cansados das coisas do dia-a-dia, estamos cansados de uma vidinha que levamos e tudo depende apenas de nós. Se levantarmos e erguermos a cabeça com certeza conseguiremos descansar!!!
Parabéns mesmo pelo post!
Abraços e bom feriadão.

Sú Martins

Unknown 18 abril, 2008  

Buscar a minha própria motivação é o que faço diariamente!
Parabéns pelo texto!

http://maynabuco.blogspot.com

Vivica 18 abril, 2008  

Texto lindo. Como já comentaram, eu tbm tenho uma Thereza dentro de mim algumas vezes. mas nada melhor que meu último post pra tds as Therezas levantarem seus ânimos: http://damasdevermelho.blogspot.com

Bjs

Unknown 18 abril, 2008  

oi mary!!!

noss...depois de séculos..
estou aqui lendo seus posts..

adoro..

seu blog ta lindooo!
prometo q eu vou ler todos os textos..hehe

bjos..
saudade

Anônimo,  18 abril, 2008  

-"Você demonstra uma coisa e é completamente outra!"
Gozado como são as coisas. Recebi isso enquanto lia teu texto. Acho que sou uma Thereza! haha
No fundo todos nós, nem que só um pouco, seguimos essa linha Therezaiana.. Brasileiros em geral, tem aquela coisa de querer agradar a todos, de querer mostrar que sempre tem algo bom . Pq não a realidade nua e crua? Pq não sonhos e esperanças? precisamos de um meio termo, afinal, são tantos os pqs.

Um beijo =p

Anônimo,  18 abril, 2008  

Nuss!!! Muuuuito bom mesmo!!!
Adorei como você usa das palavras...
Se expressa muito bem...
E sem dúvida, não há quem não acabe por se indentificar um pouco, pelo menos, no mínimo, um pouco... rs
Noutros casos, se encontram aqui... rsrsrsrs

Bjus do Jack!!!
Adorei mesmo!!!
=*

iti 18 abril, 2008  

muito bom ...
um otimo blog...
template barbaro...
srsrsrs
passe pelo iti martins
http://www.lhmartins.blogspot.com/

iti 18 abril, 2008  

muito bom ...
um otimo blog...
template barbaro...
srsrsrs
passe pelo iti martins
http://www.lhmartins.blogspot.com/

Natália Mylonas 19 abril, 2008  

Texto barbaro !

'A realidade já fizera sofrer tanto que, ela gostava de se sentir um pouco maluca, um pouco fora desse mundo. Como se dessa forma ela não sentisse as lâminas, que diariamente lhe mostravam que a luta seria árdua.

Ai, muito VERDADEIRO ESSA PARTE! E muito eu tb !
Dps da uma olhada no meu!

Bj bj =)

Anônimo,  19 abril, 2008  

[Respondendo Comentário]

Obrigada por prestigiar meu blog com a sua presença. Também recomendarei a todos pra virem fazer terapia aqui com vc. rs
Acabei de postar em meu blog agora.
Um grande abraço

Sú Martins

Rodrigo Fernandes 19 abril, 2008  

Interessante pelof ato de sempre existir uma Tereza dentro de cada um, hehehe... eu tenho uma aqui que procuro esconder, hehehe... a diferença que no meu caso ela ganha outro nome, um mais masculino, né?!?! pra não ficar feio, rs...
adorei seu blog e moramos perto.. vc é de Caçapava, né?!? sou de Taubaté...
beijos

Leonardo Werneck 19 abril, 2008  

http://blogsoundofsilenceblog.blogspot.com/

Altera o link do meu blog...

beijos

Euzer Lopes 19 abril, 2008  

Homens e mulheres têm muito desta Thereza (com TH).
Ela é a síntese de todos nós.
E não dá pra fugir disto nunca. Em algum momento da vida encontraremos uma Thereza dentro de nós!

(Visite meu blog - a terceira e última parte da história de Pepe)

Juliana Campos 20 abril, 2008  

acho que sou/estou uma Thereza!

"A realidade já fizera sofrer tanto que, ela gostava de se sentir um pouco maluca, um pouco fora desse mundo. Como se dessa forma ela não sentisse as lâminas, que diariamente lhe mostravam que a luta seria árdua."

AMEI o texto!

janao 20 abril, 2008  

Acho que é isso que tenho feito, digo, sentido: cansaço.

Aline Ribeiro 20 abril, 2008  

Thereza tá precisando respirar novos ares...

Bjm

Igor Lessa 21 abril, 2008  
Este comentário foi removido pelo autor.
Igor Lessa 21 abril, 2008  

Entendo a Thereza...
Fosse ela, Eu, chamaria cada dorsinha de uma coisa: melancolia, acho...

Carla M. 21 abril, 2008  

nossa, eu já venho acompanhando há algum tempo teu blog e adoro!!!

se passar lá no meu tem um presentinho pra ti.

fique à vontade!

Samara 21 abril, 2008  

Em todo mundo existe um pouco de thereza....uma busca pelo invisivel! Talvez seja a procura por uma felicidade utópica..vai saber!

=** bom final de semana

Juliana Gulka 21 abril, 2008  

Tenho a impressão que essa história vale bem ficar lado a lado com a minha. São os mesmo sentimentos..
Eu gostei muito daqui!
Beijocas querida, tenha uma ótima semana!
=**

Marcelo 21 abril, 2008  

Concordo com a loirinha acima. Estás precisando respirar novos ares =)
Quem sabe novos amores também?

Smack!!!

Marco Antonio Araujo 21 abril, 2008  

Caramba... emocionante.
"E esparramada em sua cama, ela rascunha mentalmente versos que, provavelmente, se manchariam com suas lágrimas de sal. Está cansada de escrever quase as mesmas coisas, de ter quase as mesmas inspirações. Cansada de olhar para os lados, como se alguém fosse aparecer surpreendentemente."

Me identifiquei, sabe? O mesmo assunto, as mesmas inspirações. Muito bom, cara.

Marco Antonio Araujo 21 abril, 2008  

Ah e to colocando seu blog nos links do meu...

Marco Antonio Araujo 21 abril, 2008  

Claro que lembro. Me diverti muito preparando aquilo. Aliás, ele preparou a maior parte. Eu lembrava mais os do Rio e editei a imagem da Av. Paulista e cravei o Redentor nela!

hehe

Narradora 21 abril, 2008  

Adorei o texto.
Thereza me ronda de vez em quando...rs
Bjs

Ana Laura 21 abril, 2008  

É exatamente isso, eu me sinto como Thereza sempre...

E Clarice uma vez disse: "Não sou triste assim, é que hoje eu tô cansada."

É. E é isso.

Beeijo.

P.S.- Essa música acabou comigo! buáááá

Unknown 22 abril, 2008  

A realidade cansa, mas é a realidade, fazer o q?

O jeito é descansar e partir pra outra... até cansar de novo!

Bjs.

Igor Lessa 22 abril, 2008  
Este comentário foi removido pelo autor.
Igor Lessa 22 abril, 2008  

Da próxima vez você toca a campainha, então, combinado?! hehehe

Olha, quero lhe adicionar nos meusblogs favoritos. Posso?

Até!

Rodrigo Fernandes 22 abril, 2008  

Oi, mariana...
vou te linkar no blog de cinema: o Twentysomething, pois é nele que sempre atualizo com mais frequencia e tbm é nele que aviso qdo atualizei os demais...
beijos

Flávia Lago 24 abril, 2008  

Que é isso, é tão bom passear por lugares assim iguais aos teus.
vou add lá, viu.
beijos

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