Incertezas
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Incertezas me atormentam. Não tem coisa pior que não ter certeza de alguma coisa. Seja a coisa qual for.
Eu até que lido bem com as incertezas, mas isso não significa que elas não me atormentem. Na faculdade, por exemplo, quando tem algum seminário para aprensentar ou uma prova para fazer e a única certeza que tenho é que não estudei, a incerteza de ter ido maravilhosamente bem me atormenta. Eu costumo enganar direitinho nessa hora, mas me atormenta.
Não ter a certeza se o que disse foi bem entendido, me atormenta. Porque, além da incerteza, ser mal compreendida também me assombra.
Não ter certeza do dinheiro no fim do mês me deixa irritada, ainda mais quando é preciso pagar contas e fazer as unhas (não que eu seja uma viciada em unhas feitas, mas quem me conhece sabe que pelo menos uma vez a cada 20 dias eu preciso fazê-las - literalmente).
Agora, quando existe a certeza, por pior que ela seja, ela me traquiliza. Se eu tenho certeza que coisas nunca mais vão sumir, me traquiliza com o sorriso no rosto. Se eu tenho certeza que coisas irão sumir para sempre, embora me corte a alma, me tranquiliza.
Odeio incertezas, embora cultive muitas delas nos meus pensamentos incansáveis.
Odeio incertezas, embora promova-as em pensamentos alheios com muita freqüencia.
Odeio incertezas, embora muitas, e quando digo muitas são muitas mesmo, vezes viva delas a fim de evitar um corte na alma.
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