"Sou eu que começo ou é você que começa? [...] Sou eu que começo! [...] E eu começo como? Eu vou falando por ordem cronológica ou o que me vier na cabeça?"
(Mercedes, personagem de Lília Cabral - Divã, 2009)

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Essa tal liberdade...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Geralmente a palavra "liberdade" significa a condição de um sujeito não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter total poder sobre si mesmo e sobre seus atos. O desejo de liberdade é um sentimento extrema e profundamente arraigado no ser humano. Escolhas que fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro, parecem estar intimamente ligadas à liberdade.

A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confirma ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana. Mas a liberdade é só isso? É tudo isso?

Teorias filosóficas e políticas, de todos os tempos, tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, econômico, social etc. E quase todos, para não ser extremamente determinista e dizer todos, puderam perceber que a liberdade é abstrada demais, caracterizada por uma carga intensa de ideologia(s).

Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Mas ele é livre mesmo? Nada controla ou subordina esse individuo? Mesmo que imperceptívelmente, de início?

A liberdade se manifesta como uma certeza primária que percorre toda a existência, essencialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e nos quais o indivíduo sente que pode comprometer sua vida. "Você é livre para escolher o que quiser" - o que significa que qualquer escolha não tão correta deve ser punida, afinal o individuo tinha liberdade para escolher qualquer outra coisa.

Todo mundo há de convir comigo, que é universal a idéia de que a responsabilidade é do indivíduo, sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros.

Considerar que alguém não é responsável por seus atos, culturalmente, implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.

Porém, há de convir comigo também, que não é bem assim que as coisas funcionam "in the real world!"

Que jogue a primeira pedra quem nunca disse: "Não tinha outro jeito..." , "Foi o melhor a ser feito...". Isso não é um erro! Excluindo os espertinhos de plantão, já pensou se, de fato, "não tinha outro jeito" mesmo? Se as coisas caminharam para ser assim?

Não acredito em destino, carma e essas coisas determinantes. Acredito que arquitetamos nosso presente de acordo com nossos comportamentos e atitudes. E que nossos comportamentos são causa e consequência de outros comportamentos, nossos e alheios.

Não quero encerrar com um conceito pronto ou um belo parágrafo bem escrito. Queria repartir com os leitores deste blog alguns dos meus pensamentos e acrescentar os que aparecerem.

Reflexão...

2 pessoas quiseram falar também!:

Adriana 27 fevereiro, 2008  

Eu já escrevi sobre isso no meu blogzinho Lado A e se não me engano, com o mesmo título...rs

Mas, com a tal da liberdade, vem também a responsabilidade de arcar com as consequências dessas escolhas, sejam quais forem. Creio num meio termo. Acho que cada um faz seu destino sim, porém, coisas além da nossa compreensão. Acredito existir alguns caminhos que já estão previamente traçados. Coisas que deveriam acontecer não importando o caminho escolhido.

Marco Antonio Araujo 27 fevereiro, 2008  

Acho que nós temos alguma idéia do que é liberdade... mas nem sabemos se ela existe mesmo. Liberdade era pra ser absoluta... e nem podemos fazer tudo que queremos.

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